quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Juro que não entendo! Não te entendo, não me entendo, não entendo a situação. Uma hora estamos bem, na outra tudo muda e você não fala direito comigo. Diz coisas pela metade e espere que eu compreenda, fala por entrelinhas e espera que eu te decifre como uma esfinge. Pois te digo, devora-me, porque não entendo o que me dizes. Sei que provavelmente a culpa é toda minha, toda essa insegurança, raiva, ciúmes ou sei lá o que sentes, é tudo culpa minha, eu te coloquei em situações desagradáveis que a fizeram desenvolver desconfiança e medo, e sei que essa falta de entendimento é provavelmente também lerdeza minha, mas simplesmente não dá. Não consigo ficar com isso na cabeça martelando o tempo todo como se eu tivesse cometido um crime horrível. Não consigo suportar o fato de não conversar direito comigo, de viver nessa cautela toda, esperando um passo em falso pra ativar a bomba que jogará tudo pelos ares. Não sei viver assim. E não gosto também. Odeio essa cautela, esse cuidado com a fala e atitudes, esse "não quero brigar", simplesmente odeio tudo isso. Se é pra brigar, que seja de uma vez. Se é pra falar, fale tudo. Se é pra voltar, que seja pleno. Talvez eu nem esteja no direito que exigir nada, mas não custa tentar.