quinta-feira, 19 de março de 2020

Caí em meu patético período de desligamento. Muitas vezes, diante de seres humanos bons ou maus igualmente, meus sentidos simplesmente se desligam, se cansam, eu desisto. Sou educado. Balanço a cabeça. Finjo entender, porque não quero magoar ninguém. Este é o único ponto fraco que têm me levado a maioria das encrencas. Tentando ser bom com os outros, muitas vezes, tenho a alma reduzida a uma espécie de pasta espiritual. Deixo pra lá. Meu cérebro se tranca. Eu escuto. Eu respondo. E eles são broncos demais para perceber que eu não estou mais ali. 

- Bukowski. 

terça-feira, 10 de março de 2020

Porque no final, quando perdemos alguém, cada vela, cada oração, não compensarão o fato de que a única coisa que sobrou é um buraco na sua vida onde aquela pessoa que você gostava costumava estar... 

- Damon Salvatore. 

segunda-feira, 9 de março de 2020

Eu sou lúcida na minha loucura,
permanente na minha inconstância, 
inquieta na minha comodidade... 
Amo mais do que posso e, 
por medo, sempre menos 
do que sou capaz... 
- Martha Medeiros. 

domingo, 1 de março de 2020

Eu ainda ouço o piano. 
Tem dias que é um som distante, 
baixo, 
quase um sussurro do vento. 
Tem dias que é alto, claro, 
ensurdecedor. 
Nos dias mais brandos, 
temo o esquecimento. 
Nos dias mais furiosos, 
temo as recordações. 
A música ainda é a mesma, 
a saudade também. 
Sinto como se tudo estivesse 
exatamente igual, 
exceto por sua ausência,
que consegue fazer com que tudo
tenha mudado de repente.