sexta-feira, 15 de maio de 2015

Minha mente vaga em busca de saídas, mas o tédio me consome e mesmo que eu tenha vontade de correr, meu corpo não obedece, abatido pelo cansaço crescente de assistir a vida passar por mim. Tento em vão me distrair, fazer algo literalmente útil além de ser um amontoado de preguiça na cama, mas não tenho vontade de nada que seja passível de se realizar agora. Deixo minha mente flutuar entre as fantasias que pinto sobre seu rosto e me perco nesse mundo irreal. Divido meu tempo entre o que eu gostaria que fosse verdade e o que realmente é, e mesmo sabendo que não vale à pena, desequilibro a igualdade pesando o primeiro lado, pra no fim me decepcionar de novo e continuar nesse ciclo de estagnação, onde nada muda, e ao mesmo tempo tudo mudou, e não sei se desejo sair desse estágio cíclico bipolar e esquizofrênico, porque me identifico aqui. Sou tão instável quanto as ocorrências diárias da minha vida, essa é a verdade, e por mais louco que pareça, eu gosto disso. Sou volátil, hora estou bem, hora não. Hoje de ótimo humor, amanhã estressada com tudo. Pela manhã bem disposta, a tarde só quero cama. A noite quero sair, e ficar em casa, e beber, e ver filme, e ler alguma coisa, e conversar, e ficar só, tudo ao mesmo tempo. Sim, a noite funciono a mil, digo, a cabeça. O corpo ainda fica na cama, intacto, alheio a tudo. Mas a cabeça pensa em um milhão de coisas intercaladas com as suas memórias deixando aquela pontinha de loucura pra me importunar na madrugada. E eu gosto disso em você. Desse seu poder de me deixar insanamente maluca e instantaneamente racional ao mesmo tempo. De me provocar raiva e me fazer bem. De me fazer companhia na sua ausência. Eu gosto de você, porque você entende todos os meus pontos esquizofrênicos, e além de contribuir para alguns, ainda trás os seus próprios para se juntar tudo numa bacia de maluquices, que no fim acabam sendo sempre as melhores diversões. Por Deus, o que você faz comigo? Que espécie de pessoa se diverte com a própria insanidade? Temo daqui a algum tempo não poder mais me responsabilizar por mim mesma. E se isso acontecer, a culpa será sua que provoca isso, ou minha que te permito me provocar? 

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