sexta-feira, 24 de abril de 2020

Me perdoe pelos meus mil anos à frente dos nossos segundos e pela saudade melancólica que eu senti o tempo todo, mesmo sendo nossos primeiros momentos. Pelo retesamento na hora de entregar. Pela maneira como eu grito e culpo que tiver por perto por uma angústia que sempre foi e será só minha e que eu sempre suporto, mas quando sinto amor, fico achando que posso distribuí-la um pouco, mesmo sabendo que é fatal. Me desculpe por eu ter querido tanto ficar bonita e perfeita e só ter conseguido olheiras e ossos. Me perdoe pelas vezes que de tanto querer leveza, acabei pesando a mão. De tanto querer sentir, pensei sobre como estava sentindo e perdi o sentimento. 

- Tati Bernardi. 

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