sexta-feira, 27 de março de 2015

Eu quero me esconder debaixo dessa sua saia pra fugir do mundo,
Pretendo também me embrenhar no emaranhado desses seus cabelos,
Preciso transfundir teu sangue pro meu coração que é tão vagabundo. 
Me deixe te trazer num dengo, pra num cafuné fazer os meus apelos, 
Me deixe te trazer num dengo, pra num cafuné fazer os meus apelos. 
Eu quero ser exorcizado pela água benta desse olhar infindo, 
Que bom é ser fotografado, mas pelas retinas dos teus olhos lindos. 
Me  deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disritmia. 
Vem logo, vem curar teu nego, que chegou de porre lá da boemia. 

- Zeca Baleiro. 

quarta-feira, 25 de março de 2015

Às vezes eu me pergunto se sobrou alguma coisa depois desse temporal, sabe? Tenho a ligeira impressão de que não, nada restou, exceto pelas memórias, claro, e talvez um eco distante do passado esperando resposta. Mas eu não tenho respostas, infelizmente. Tudo o que possuo são inúmeras indagações de um futuro próximo que eu sinceramente não sei lidar. E se tudo der errado? E se estivemos erradas esse tempo todo? Ou se não estivermos erradas, mas não tiver nada mais no que insistir? E se você conhece outra pessoa que eleve teu ego? E se o compasso do meu coração acelerar por outro par de olhos? E se estamos cada vez mais perdidas nessa tentativa de achar o que se perdeu? E se...? Isso me enlouquece, sabia? Juro que não continuarei sã se as coisas permanecerem desse jeito estranho entre a gente. 

sábado, 21 de março de 2015

Celebremos nessa madrugada aquele que por muitos é temido, e ao mesmo tempo fascinante: o fogo; e as chamas que a vida cria. A chama da amizade, da alegria que eu sinto ao te ver sorrir, a chama da união, a chama dos teus olhos que iluminam tudo e todos ao seu redor, e porque não a chama da dor, da perda e do perdão, as mesmas chamas que queimam quem com elas brincam, aquecem aqueles que sabem dominá-las. Brindemos a beleza e as cores do fogo, que clareia os caminhos e devoram o que é desnecessário em nossas vidas. Que o fogo traga a luz que precisamos para sanar nossas dúvidas, e que traga a beleza para alegrar os dias tristes. E, que se necessário, traga dor para que possamos aprender e evoluir. E claro, que traga o calor para os dias de frio e solidão. 

sexta-feira, 13 de março de 2015

Take me, I'm alive 
Never was a girl with a wicked mind, 
But everything looks better 
When the sun goes down
I had everything 
Opportunities for eternity
And I could belong to the night... 
Eyes... your eyes...
I can see in your eyes... 
Your eyes... 
You make me wanna die
I'll never be good enough 
You make me wanna die 
And everything you love 
Will burn up in the light 
And everytime I look inside your eyes
You make me wanna die. 
Taste me, 
Drink my soul. 
Show me all the things
That I shoudn't know
When there's a new moon 
On the rise. 

- Taylor Momsen. 

domingo, 8 de março de 2015

Talvez uma dose de veneno sele a insanidade e brinde o vazio, me traga o frio e o doce esquecimento. Todos esses dias monótonos e cinzas ficarão guardados na memória para que eu nunca me esqueça dos últimos instantes inúteis que gastei escrevendo mediocridades, e me desculpando pela milésima vez de algo que você já me perdoou há tempos, eu é que não consigo me perdoar. O silêncio servirá para eu saber que não restou nada nem ninguém pra companhia, nem mesmo para um último drink letal. Os livros... ah, os livros... aqueles que foram meus refúgios nas horas de agonia, parceiros da madrugada, que me inspiravam e me faziam viajar quando tudo estava realmente uma droga, eles ficarão como prova das minhas insônias e das minhas tentativas em vão de sonhar. O violão que por vezes fez sons alegres e tristes, dedilhados e arranjos, carregados de significado e pesar, aquele que eu usei pra te dedicar algumas músicas e até compus algumas melodias nada boas, ele falará por mim, dedilhado por outro alguém, as notas que não consegui compôr para te dar. Dos meus dias de inspiração restaram os desenhos, rabiscos mal traçados de uma visão torpe e cega das pessoas em meu mundo. Esses traços foram meus melhores esforços de desenhar meus sonhos e ideias, do jeito que gostaria que fossem. E as palavras, secas e amarguradas, ora dramáticas, às vezes românticas, sempre confusas e carregadas de dualidades e palavras atípicas, que desvendam minha esquizofrenia e bipolaridade, mas ao mesmo tempo, gritam as dores do meu silêncio e silenciam-me nas vezes que não devia ter aberto a boca, e ainda assim, o fiz, é nelas que está minha imortalidade, foi isso que eu fiz. Passei a vida toda em constante mudança, mas desde que aprendi, escrevo. Para me libertar, para reclamar, para me lamentar, para desabafar, para passar o tempo. Minhas palavras são o que eu fui, o que eu sou, o que eu gostaria de ser, e o que eu poderia ser. 

sábado, 7 de março de 2015

I'm bleeding out, so if the last thing that I'll do is to bring you down, I'll bleed out for you. So I bare my skin, and I count my sins, and I close my eyes, and I take it in. I'm bleeding out. I'm bleeding out for you.  
- Imagine Dragons. 
A única razão de sermos tão apegados em memórias é que elas não mudam, mesmo que as pessoas tenham mudado.  
 - Supernatural. 

quarta-feira, 4 de março de 2015

Esse mar de sombras em que me encontro me domina. Eu tento sair, mas as sombras me puxam pra baixo, cada vez mais profundo. O frio envolve meu corpo e tudo se entorpece. Eu tenho forças pra lutar, mas está sendo em vão, parece que habito o mesmo buraco, rondando sem sair do lugar, e isso me enlouquece. Ora sou eu, ora já não sei mais. Não me reconheço mais, não sei lidar comigo mesma. Me confundo em mil faces e já não sei qual é a verdadeira. Me sinto perdida e cada vez me afundo mais. Estenda sua mão e me ajude a sair, por favor. Já não suporto tanto frio e torpor. Quem sabe dessa vez eu agarre sua mão com mais firmeza, e não escorregue para o fundo de novo. Só assim eu posso ser salva. 

segunda-feira, 2 de março de 2015

O porto é o lugar mais seguro para um barco, mas ele não foi feito para ficar lá; seu destino é navegar.  
- O Livro da Bruxa.