sábado, 18 de julho de 2015

E foi como o previsto. A areia da ampulheta me enterrou com o tempo cruel que passou mais rápido que eu pude acompanhar. Agora vou sentar naquele bar, pedir aquela cerveja e tentar não me odiar pelo que não fiz. Talvez tenha sonhado demais e esquecido de acordar para a realidade, onde é preciso correr atrás das coisas. Não pude dizer adeus, nem até mais, tão pouco volte logo. Não sou boa com despedidas, muito menos com palavras ditas. Provavelmente se tentasse, sairia algo engasgado e sem nexo, que me envergonharia e te embarassaria. Meus dedos nesse teclado expressam melhor as coisas que você não consegue ler pelos meus olhos. Talvez um dia eu venha a enteder porque tudo que eu toco, acaba indo embora, e quem sabe nesse dia eu me acostume com esse sentimento. Até lá, continuarei aqui sentada, escrevendo minhas maluquices e gritando minha agonia em silêncio para ninguém ouvir. Eu pensei, de verdade, que teria mais tempo para resolver as coisas, que seria mais fácil, não sei. Mas os ponteiros do relógio giraram feito hélices e não me dei conta de que estava vendo os dias e noites passarem, esperando que algo acontecesse sem que eu precisasse fazer nada, mesmo sabendo que não aconteceria. As coisas foram para outro patamar, me sinto em outra dimensão. Onde não posso tocar nada, nem mudar nada, e por um lado, gosto disso, mas por outro, me sinto impotente demais, e isso é uma droga. Só me resta dizer: até logo. 

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