Migalhas de amor, não quero, nem dou.
Um dia alguém me propôs, me amar um pouquinho,
Assim, devagarzinho, sem querer correr,
Como quem não quer sofrer e prefere ficar no zero.
Mas amor assim eu não espero,
Porque viver de metade é um horror!
Migalhas de amor, não dou e nem quero!
Mesmo assim ele insistiu, vivia me rodeando,
Chegava de vez em quando, depois nem dava satisfação,
Vinha um dia sim, o outro não,
E esse tipo de coisa eu não tolero.
Na briga eu até modero, mas da ausênsia ele sentiu o sabor,
Migalhas de amor, não dou e nem quero.
Um dia fui me embora, sumi.
Não dei notícias, ele chamou até a polícia pra saber meu paradeiro
Se atolou num mar de desespero e disse:
"O destino severo, levou a mulher que eu venero."
Ficou só ele e a dor.
Migalhas de amor, não dou e nem quero.
Mas ele procurou, até me encontrar e perguntou, de cara lavada:
"Porque deixaste a morada sem me dar explicação?"
Eu disse: "Não entrego o coração só pra dançar um bolero.
Se quiser os motivos, lhe enumero, mas não me comprarás com uma flor,
Porque migalhas de amor, eu não dou e nem quero."
E assim a história acabou.
Não fui eu quem sai perdendo.
Hoje ele quem está sofrendo por querer brincar de amar.
E eu, cansei de avisar que malandro não considero,
Lhe ofereci amor sincero, foi ele quem não deu valor.
Migalhas de amor, não dou e nem quero!
Nenhum comentário:
Postar um comentário