sábado, 11 de julho de 2015

Migalhas de Amor

Migalhas de amor, não quero, nem dou. 
Um dia alguém me propôs, me amar um pouquinho,
Assim, devagarzinho, sem querer correr, 
Como quem não quer sofrer e prefere ficar no zero. 
Mas amor assim eu não espero, 
Porque viver de metade é um horror! 
Migalhas de amor, não dou e nem quero! 
Mesmo assim ele insistiu, vivia me rodeando,
Chegava de vez em quando, depois nem dava satisfação, 
Vinha um dia sim, o outro não, 
E esse tipo de coisa eu não tolero. 
Na briga eu até modero, mas da ausênsia ele sentiu o sabor, 
Migalhas de amor, não dou e nem quero. 
Um dia fui me embora, sumi. 
Não dei notícias, ele chamou até a polícia pra saber meu paradeiro 
Se atolou num mar de desespero e disse: 
"O destino severo, levou a mulher que eu venero." 
Ficou só ele e a dor. 
Migalhas de amor, não dou e nem quero. 
Mas ele procurou, até me encontrar e perguntou, de cara lavada: 
"Porque deixaste a morada sem me dar explicação?" 
Eu disse: "Não entrego o coração só pra dançar um bolero. 
Se quiser os motivos, lhe enumero, mas não me comprarás com uma flor, 
Porque migalhas de amor, eu não dou e nem quero." 
E assim a história acabou. 
Não fui eu quem sai perdendo. 
Hoje ele quem está sofrendo por querer brincar de amar. 
E eu, cansei de avisar que malandro não considero, 
Lhe ofereci amor sincero, foi ele quem não deu valor. 
Migalhas de amor, não dou e nem quero! 



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