terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Hoje li em algum lugar que quem ama de verdade não desiste nunca. Particularmente, eu discordo. Desistir não significa deixar de amar, mas chega uma hora que cansa. As coisas caminham até um ponto em que a mesma pessoa que te faz sorrir é a mesma que te faz chorar. A mesma pessoa que te faz dormir bem, é também aquela que te tira o sono. E é aí que vem a confusão. E você começa a se perguntar se isso te faz bem ou mal. E as dúvidas incessantes martelam em seus pensamentos. É simplesmente agonizante viver entre o bem-me-quer e o mau-me-quer. E a conclusão que eu tirei de tudo isso é que não é a fata de amor que faz as pessoas desistirem umas das outras, mas sim o medo, a insegurança, a dúvida de que haja sentimento distribuído em proporções iguais à ambas as partes. Dúvida essa, normalmente, não sanada. É isso que causa desistência. Mas de fato, quem ama de verdade não consegue esquecer o beijo, o abraço, o olhar, o toque... não esquece os momentos passados, as inúmeras lembranças... não consegue substituir esse amor com outra pessoa, nem ter esse tipo de sentimento de novo, mas aprende a viver sorrindo, mesmo consciente de que te falta algo, mesmo que estejas completamente incompleto. Quem ama de verdade quer ver a felicidade do outro. E talvez nisso se resuma o amor: você desejar a felicidade do outro, mesmo que não sejas o motivo dela. 

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