domingo, 13 de março de 2016

E eu, impávida, finjo que não tenho dono. Pontas de cigarro apagadas eu recebo. Um dia vou pegar fogo. De noite, fico sozinha no escuro, vazia, pousada num canto no chão. Meu silêncio fede. Ai de mim, que sou o receptáculo da morte das coisas. 

- Clarice Lispector. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário